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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

POR...

por que a cada segundo eu te amo mais?
pelo seu jeito de ser e pelo seu ser
pelos seus detalhes e pelos seus dengos
pelos beijos em seus olhos e seus olhos em meus olhos
por me fazer ver o mundo da sua maneira
por me fazer ver um mundo melhor
por me fazer sorrir quando penso em você
por me fazer querer ficar na cama mais um pouquinho
pra ver se sonho mais com você
por me fazer querer planejar um futuro
por me fazer ser mais responsável
por me dar um objetivo
(de te fazer feliz)
por me fazer viver tantas coisas boas
e ter a imensa vontade de viver muito mais
por querer te encher de beijos
por encher você de beijos
por sentir que ser duradouro não é sinonimo de ser chato
por não considerar a opinião dos mais velhos quando pergunto:
- você se casaria de novo?... (perdoai-os senhor, eles não sabem o que dizem)
por coisas tão simples mas que nos fazem felizes
por você gostar do meu carro velho (há controversas...)
por não ter vergonha de andar nele (hum rummmmmm)
por ter o abraço mais gostoso do mundo
por você ter nascido
por você ter corrido na chuva
por tanto "por" que por é pouco para por meu amor aqui
por simplesmente não saber porque te amo
e espero nunca saber... pra viver pra sempre
te amando.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Dorminhoco

Preguiça de acordar
Estica perna
Estica braço
Sem coragem de levantar

Coberta quente
Perna dormente
Som de chuva
Meu deus isso é tortura

Celular desperta
Solução!
Soneca
Que eca, levantar as pressas

Chão gelado
Pé descalço
Quem pisa?
Vira pro lado

Celular toca
Ta na hora
Fecha a porta
Que eu vou me trocar

Levantar tão cedo
Dá aquele desespero
Uma preguiça de acordar

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A flor Murchou

Em tempos de filosofia
Casa-se flor
Casa-se tupia
Em tempos de poesia
Mata-se amor
Mata-se alegria
Festa do verde
Mato queimado
Queima-se a flor
Arranca-se o estampado
Abreolhos flor de lótus
Que tua beleza não vai durar
Se abrires como a tuas pernas
O mundo inteiro poderá enxergar
Morre-se flor
Morre-se amor
A música mais bela que ninguém cantou
E lá no canto ainda escondido
Canto eu? Lírico? Passarinho
Vendo flor queimar e murchar
Era bela poesia
Da flor que um dia nascia
Do perfume que trazia no olhar
Era pouca a imprudência
Pra não ver em seu ato a demência
De flor bela deixar secar
Morre flor morre passarinho
Coitado
Criado num ninho
Nunca vai aprender a voar
Por besta ou esperto
Apaixonou-se pela flor
Que sofreu ao ver murchar
Passarinho arruma teu ninho
Deita e fica quietinho
Só espera a vida passar
Pois não adianta brilhar primavera
Pois a vida é perversa
E vira na hora certa
Pelo puro prazer de te machucar
Fica calado em teu canto
Que do teu canto escorre o pranto
De que ama sem saber o que é amar
Passarinho morre em teu ninho
Vendo a flor, primavera e espinho
Que decidir não quer dizer acertar
Morre-se flor
Morre-se amor
A vida nem sempre é tão bela
Passarinho na sua janela
Beija-flor nem despertou
O interesse do seu amor
Chegada sua hora passarinho
Enterra tua vida em um pergaminho
Conta tua historia
Escreve a tua hora
Em fim, morre e vai embora
Nem flor nem amor
Passarinho que passou
Voou e se aquietou,
Bem longe do seu amor

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Brilho no olhar

Se em teus olhos não vejo não vejo luz
Não brilho
Se tua boca não me seduz
Desisto

Os seus abraços ainda são quentes
Sua companhia é muito presente
Ainda pergunto: o que pretendes?
Você já foi o meu melhor presente

Não se assuste com minhas revoltas
Já me foi dito que o mundo da voltas
Minha vida segue sempre meio torta
Há varias portas

Mas para abrir umas
Fecham-se outras
Hoje estou fechado
Mas não trancado

Há quem ainda tenha força
Pé na porta
Derruba e mostra
Que pode me seguir

Se segurar minha mão com força
Seguiremos juntos até o fim
Mas se você não quiser
Desista de mim

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Como Tatuagem

Como tatuagem me marco em teu corpo
Impresso em teu peito
Quente calor do desejo
Me sufoca em suas pernas
Me prende em suas mãos
Me aperta com força em sua direção
Como tatuagem me deixa marcado
Impresso em teu peito
Estampado
Me arranca a carne com as unhas
Enquanto arfa em meu pescoço
Minhas mãos delineando o seu corpo
Me sobe o fogo
Suor escorrega
Segura nas pernas
Mão cheia a te acariciar
Meche a cintura
De forma que beira a loucura
Esfrega o corpo
Como se um fosse o do outro
Me deixa louco

quinta-feira, 22 de julho de 2010

A Minha Morte em Preto e Branco

Hoje peço que não se importe

Hoje triste

Canto para minha morte

Que sorte

Esperar por uma revolta

Me revolta a idéia

Que um dia seria sério

O fugir desse mistério

Abro a porta vida torta

Na verdade

Não importa

Fecha porta vida calma

Meu melhor caminho?

A estrada

Bons rumos a morte me traz

Em homenagem a vida que se desfaz

Na verdade

Tanto faz

Deixo em meu nome a solidão

Que seja partilhada àqueles que a quiserem

E que alguém queira

Ou que eu a leve

terça-feira, 13 de julho de 2010

Reage poeta

Beija-flor aprisionado
Morre por não poder voar
Poeta sem sentimento
Morre por não conseguir amar
Viver assim é impossível
Os desejos se mantêm agredidos
Sorrisos, tristezas.
Poeta olha a sua vida
Essa não é a sua natureza
Dureza
Tereza
Beleza
E Creusa?
Poeta cadê sua vida
Se muda todo dia
Pra enxergar uma alegria
Cadê seus sonhos
Cadê suas experiências
Suas explosões, corrosões, reduções e oxidações
Sublima poeta
A vida é uma guerra
Reage poeta
Volta pra tua selva

Morte do Poeta

Para me sentir feliz, poeta
Tem que sofrer
Para me pedir pra existir, poeta
Tem que sofrer
Quero a angustia das tuas palavras
A agonia do seu desespero
Se te encanta, poeta
Morra enquanto sua dor te espanca
Se não se manca, poeta
Puxe a pedra pra esconder sua dança
Se é pra fazer sofrer que seja com gosto
Se for pra você viver, poeta
Que seja no desgosto
Brilho nos olhos, sorriso no rosto
Nasceu assim, poeta
Pau podre crescido torto
Poeta pede tua morte
Talvez ela lhe reserve mais sorte
Se não é para sofrer
Então prefira não viver
Morre poeta
Que sua dor se consuma na terra

segunda-feira, 14 de junho de 2010

A oratória que eu não li...

Bom, peço desculpas por não postar um poema hoje como de costume, mas a um tempo atrás Janaildes lá do senai me pediu que escrevesse um texto para a oratória da formatura, como nao pude ir ao ensaio geral não pude ler no dia da formatura. é uma pena pois mesmo quando eu leio me emociono... (eu me acho!) bom, é comprido mas é gostoso (silvio nao estou falando de vc! heheheheh). boa leitura! e por Deus!!! COMENTEM!


No ano de 2003 ingressamos no SESI, muitos de nós não sabíamos nem mesmo o que estávamos fazendo ali, e se não fosse a sensibilidade das nossas guerreiras mães provavelmente nem mesmo teríamos feito a prova. A primeira etapa de uma historia de vitórias havia sido ultrapassada, e não há como dizer que foi uma prova fácil, o que já nos tornou de fato vencedores. A partir daí foram dois anos e meio aprendendo um monte de coisas que não tínhamos a menor idéia de onde iríamos usar, por vezes fazendo pouco caso do conhecimento que nos estavam sendo fornecido, e às vezes conhecendo o fantástico efeito da recuperação.
Basicamente, a nossa historia no SESI pode ser resumida da seguinte forma (para alguns), 1º ano estávamos com todo gás, estudando com vontade! No 2º ano passamos a direcionar o nosso potencial para o curso de Cabeamento estruturado/ Redes ou Manutenção em Microcomputadores, Já no 3º ano... Já não agüentávamos mais a sala de aula (com o famoso CHA, que passa longe de ser a competência, habilidade e atitude, mas sim o velho chá de cadeira) e queríamos mesmo era chegar o dia da escolha do curso e inicio das aulas no SENAI, ou seja, 100% de atenção a qualquer coisa, menos ao SESI. A final estávamos a um passo da sonhada transcendência! (lembra daquela historia da recuperação?).
Após a escolha do curso pudemos ver que nem tudo é como a gente quer, mas que às vezes nós nem mesmo sabemos o que queremos e certas decepções acabam por ser providenciais em nossas vidas. A escolha do curso marcava a passagem para uma nova fase das nossas vidas, a partir desse momento passaríamos cerca de dois anos sentindo falta do que deixamos de aprender no SESI (lembra do que eu falei sobre recuperação?) e entendendo que o conhecimento fornecido realmente tinha uma aplicação. Nem todos fizeram o curso que escolheram, e dentre esses nem todos gostaram do curso que fizeram, mas também tiveram aqueles que souberam aproveitar o que tinham nas mãos e fizeram o seu melhor.
Há pouco mais de dois anos estávamos entrando em um mundo de coisas muito diferentes, em um mundo onde positivamente nós perdemos a nossa identidade, a final quem de nós não foi apresentado pelos pais como sendo “o meu filho do SENAI” e se sentiu extremamente orgulhoso pelo comentário? Como podíamos imaginar que entrar em um mundo tão diferente poderia fazer de nós pessoas adultas com um entendimento de universo muito maior do que quando entramos. Em nossa trajetória não aprendemos apenas os aspectos técnicos, mas também os valores morais que carregaremos por toda a nossa vida, o senso de união que foi tão importante para atingirmos a nossa vitória e principalmente a trabalhar a nossa força de vontade.
Mas nem tudo nesse lindo mundo foram flores. Quantos de nós tivemos que escolher entre comer e ir ao curso, quantos de nós saímos de casa apenas com o dinheiro de transporte de ida e as voltas deixávamos nas mãos de Deus. Quantos de nós ouvimos coisas como: “esse curso não vai lhe dar dinheiro” “você só me dá despesas” “ melhor que vá arrumar um emprego” e a pior de todas coisas “você não vai conseguir” “você não é capaz”. O que as pessoas não contavam era que estavam falando com jovens que não vieram ao mundo a passeio, mas que estão aqui para lutar pelo seu lugar, que realmente entendia o valor do que lhe estava sendo oferecido e sabiam que provavelmente era a sua única chance de conseguir uma colocação no mercado e poder melhorar a sua condição de vida, a vida de suas famílias. E hoje nós podemos gritar em bom tom para essas pessoas que nos desacreditaram NÓS AINDA ESTAMOS AQUI.
Alguns de nós quando entrou no SENAI encontrava-se em situação de risco social e hoje já estão em processo de ascensão social, e que mesmo ainda fazendo estágio já possui a maior renda de sua casa. O que teria sido de nós se não estivéssemos aqui? E o que aconteceria se tivéssemos ouvido aqueles que nos colocaram pra baixo, que nos desestimularam?
Nós nos dispusemos a todo tipo de prova que cruzou nossos caminhos, enfrentamos aluas em dois turnos e ainda conseguíamos tempo para estudar a noite, noite que por sinal para alguns só começava às 20h, pois o tempo gasto em transporte do SENAI até chegar a casa podia oscilar bastante (que a paralela engarrafada não se ofenda). Dormir às 2h e acordar às 5h, mas não se assustem sabíamos compensar muito bem as horas não dormidas, a final quase três horas dentro de um ônibus dá até para sonhar (nos meus, Bernoulli esteve muito presente).
Festas? Sim fui a todas, desde que o tema fosse processos industriais, instrumentação, tratamento de água e efluentes, destilação...
Sim companheiros, nós nos privamos por vezes ate mesmo da nossa vida social, e isso acontecia com tanta freqüência que em algum momento chegamos a sentir saudade de nossos pais mesmo morando na mesma casa, há vizinhos que pensaram que eu tinha viajado e outros pensaram que eu estava preso. Isso é sacrifício (do latim 'sacrificium: sacer = sagrado + facere = fazer') por isso esse momento é tão importante, porque o nosso sacrifício tornou essa jornada sagrada em nossas vidas.
Se hoje nos perguntarem: o que você irá contar para os seus netos? Será que teríamos o que dizer? Será que hoje já possuímos uma historia de vida? Será que valeu a pena? E o que será que virá...?
No decorrer do curso descobrimos mais uma coisa fundamental para um bom viver, a auto-afirmação. E ao concluir o curso percebemos que temos uma profissão e que o já batido “serviços gerais” não constará em nossos currículos, pois hoje somos Técnicos em nossas áreas de atuação, possuímos um diploma! E não pensemos que por isso ganhamos nossa identidade novamente, pois hoje eu sou apresentado por meus pais como: “esse é meu filho da Petrobrás” (ao menos houve uma evolução).
O destino pode ser algum lugar muito mais próximo do que esperamos por isso, meus amigos, não vamos esperar as voltas do mundo para descobrir que o tempo passou e nós já estamos velhos de espírito, não vamos deixar nossa identidade congelada em “esse é meu filho técnico em...”. Vamos transcender para uma nova identidade, tendo sempre em mente que o ser humano é o limite das suas possibilidades, ou seja, somos nós o maior limite que temos que ultrapassar. O que desejo hoje a todos é que conservem o espírito jovem que usaram para chegar até aqui e o utilizem para atingir suas novas possibilidades e vitórias cada vez maiores.
Dou então meus parabéns a esse exercito de vitoriosos.

Albérico Queiroz

quinta-feira, 27 de maio de 2010

De tempos em tempos

Águas e mais águas
De tempos em tempos
Eu vejo enxurradas
Que me lavam a cara
Que me tiram a magoa
Que me acalma que me acalma
De tempos em tempos
Eu vejo a beleza
Nas coisas mais simples
No vento que bate
No sol da tarde
No pensar
De tempos em tempos
Perco-me no tempo
Olhando meu presente
Sonhando meu futuro
Inventando meu próprio mundo
De tempos em tempos
Eu fico contente
Feliz por não ser perene
Variar é poder avaliar

sábado, 1 de maio de 2010

Coração descarado

Meu coração descarado
Faz charme, se esconde
Fica calado
Te espera brotar primavera
Nas tuas flores em tua janela
Passarinho safado vive a te espiar
Abre os olhos meu botão
Minha rosa em sua mão
Seu perfume a exalar
Meu coração descarado
Se esconde ao seu lado
Pra te ver despertar
Ao chegar da primavera
Minha linda cinderela
Traz as flores pra me encantar
Canta seus versos que eu me encanto
E fico no canto
Coração descarado a te observar

Mais uma vez

Mais uma vez
Nada mudou
Me confio em meus instintos
E guardo tudo o que falou
Nem sei porque
Eu quis tentar
A historia acabou
Mas insistiu em continuar
Se já passou
Deixa pra lá
Aconteceu foi muito lindo
Mas vai ter que acabar
E acabou
Mais uma vez
Nada mudou
Parecia que daria
Mas você não encontrou
Meu amor
O abandono desse sonho
Foi você quem procurou
Não me diga mais
O que eu devo fazer
Você já não é parte minha
E o meu mundo desabou
Sem você
Mais uma vez
Nada mudou
Sinto seu cheiro do meu lado
E viajo no que passou
Foi tão bom
Mas vai ter que acabar
E acabou

Desejos Agredidos

Agredimos nossos desejos
Nos sentimos ofendidos
Encontramos a tristeza
No sorriso de um menino
Somos seres lastimáveis
Pela nossa própria existência
E é nossa insistência
Que nos leva a persistência
Encontramos o futuro
Misturamos com o passado
Mostramos ser fieis
Ao nosso adversário
Não quero me machucar
Nem me sentir ofendido
Mas é que o meu desejo
Hoje está agredido
Eu preciso de consolo
De uma amostra de amor
Só quero sentir o seu cheiro
Tentar me livrar da dor
Sinto o cheiro do presente
Se transformando em passado
Sinto o fogo do futuro
Altamente congelado
Mas me deixe lembrar
Da pena que seria
Se eu cantasse a você
Uma simples melodia
Nem tudo me deixa feliz
Eu sofro também
Mas é a sua presença
Que sem querer me faz bem

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Morte em desfalecer

Lanço minha adaga em sua boca
Doces lábios que não se cortam
E me fazem jorrar minh'alma
Que em teus seios se faz farta
Tão grande o envolvimento
Seus braços em meu pescoço
O peso do seu corpo
A morte em um gozo
O sabor da vida em um desejo
O infinito mundo em seus beijos
Lanço minha adaga em sua caverna
Profundidade quente
Que me acolhe e me aconchega
E da adaga quente
Que em seu corpo se faz presente
Desejo o ultimo ápice da noite
A ultima morte em desfalecer
Quando me sinto em você
E planto para nos ver crescer

sábado, 13 de março de 2010

Amor torpe e vadio

Amor torpe e vadio
Forte como o vento
Assobio fino e lamento
Lagrimas de coração não existem
Amor não é corda
Não se jogue
Amor castiga os desavisados
Amor corroe os despreparados
Amor é laço de fino traço
É gota de sangue
Vermelho e molhado
Não se sofre um amor até que ele exista
Que ele nunca exista
Ou que eu desista.
Não há motivos para um dia o homem pisar na terra
Na estranha luta divina
O homem parece fruto de uma rima
Some o homem e surge um nome
Some o deus e surge um ateu
De onde brota a santidade
Que não dá ao homem
Nem motivo para ser homem
Nem para ter nome
Nem para ter deus
Onde mora o meu divino
Que surge como um mugido
E se vai ao infinito
Somos nós nossos deuses
Nossas estrelas e constelação
O brilho da nossa existência não pode ser um eterno sermão
Surge auroras de gloria
Deságuam passados de guerra
Vivemos em busca da vitoria
Suspendemos nossos austeros
Sofremos nossas derrotas
Mas não nos respondemos
De onde viemos?
E para quê somos?
Por que ser em um mundo
Onde não se valoriza os mundos
Os deuses calados em seus próprios calços
O mundo gritando em um giro
O homem deus sorrindo
E o desespero é saber que não sabe viver
Gloria ao senhor nas alturas
E desgraça aos homens na terra
Que venha deus salvar sua criação inútil
Fornada queimada
Sem sentido no mundo
Laboratório da vida
Grande forca da morte
Salve o homem de deus
Salvem a Deus dos homens.

Albérico Queiroz

Sufoco

Quantos braços a vida me oferece por dia
Quantas vidas meus braços abraçam por dia
Quanta vida sem saber o que é um abraço
Quantos olhos choram tristes
Quanta felicidade se vai
E quanto tempo é gasto
Para ser um algo
Esquecendo-se do seu próprio alguém
Quantas casas que não são moradias
Quantos pensamentos voando soltos
Quanto nada no meio do mundo
E todo o mundo virando um nada
É pouco somente pensar
É pouco somente quantificar
Não adianta muito viver em um mundo
Que eu ajudei a acabar
A culpa também é minha
Que vivi em um mundo sem saber
Quantos braços tinham pra me abraçar
É tudo pouco
Se a vida respira em sufoco
Para tentar se salvar

Inocentes

Uma nação de pobres inocentes
Os nossos filhos virando delinqüentes
Tudo é tão bom tudo é tão lindo
Na novela da tv só tem filho de rico
Eu não entendo não compreendo
Como tanta miséria ainda está acontecendo
Prostituição hoje é renda familiar
São vários cacos de vida espalhados pelo ar
População tratada como lixo
Universitário com estagio pra mendigo
Está declarado estado de guerra
Vamos todos nos unir para lutar contra miséria
População população
E eu ainda me pergunto de quem é essa nação
Uma nação de pobres inocentes
Que sofre muito mais por seus antecedentes
Antecedentes que os descrevem
Mostra o quanto foi sofrido tudo o que passou na pele
Eu nem consigo te escutar
Escuto choro de criança espalhado pelo ar

terça-feira, 9 de março de 2010

História e vida

A historia continua a mesma
Você me amando sem poder
Eu te amando sem te ter
Onde será que a historia nos levará
Onde mora nossos destinos
Distante e tão longe que não posso enxergar
Não sei como será depois que acabar
Mas não posso viver sem ouvir de você
“para sempre vou te amar”
Enquanto vivo amor em sonho
Sonho com o dia que não precise sonhar
Sonho com você na minha cama
Vendo o dia chegar
Com a cabeça em meu ombro
Com os olhos cheios de sono
Com a cara cansada
E preguiça de acordar
Penso em momentos comuns
E fatos banais
Caminhar de mãos dadas
Sentar juntos em uma escada
Olhar e se beijar
Mas o tempo passou
E chega o dia que iremos nos separar
Que caminhos nos reserva
Aonde essa estrada nos leva
Porque não é simples amar
Onde eu vou buscar apoio
Aonde você irá se alegrar
E como é bom o seu riso
Como é bom poder te animar
Porque a historia faz isso?
Traz o amor e não deixa vingar
Carrego comigo ao menos um tesouro
Que veio em parcelas
E a primeira tive que roubar
Tão suave quanto uma nuvem
Tão inesperado quanto um trovão
Um beijo roubado
Feliz de mim, pobre ladrão
Não sabia que um beijo
Lhe traria uma paixão
Beijo que não foi a chave
Mas arrombou a porta
Que limitava meu acesso
Ao seu coração
Beijo que fez você também querer
E mesmo querendo juntos
Demos lugar à razão
Nos evitamos pela consciência
Nos aproximamos pelo coração
Tão próximos e tão distantes
Só um cinema pra reaproximar nossa emoção
E agora embora separados
Continuamos enamorados
Esperando por uma decisão
O que a vida fará da gente
O que devemos fazer então
E o que se faz de um homem
Sem o amor em suas mãos

Albérico Queiroz

Doce sabor

O vinho em teu corpo
Doce sabor
Embebeda seus cabelos loiros
Me entorpece de amor
Convoca de mim uma estatua
Ativa em você as mãos finas que me afaga
Nos faz perceber a hora
O correr do rio
E as águas que vão embora
Seu corpo em meus braços
O vinho nos deixa molhados
É quente que se faz amor
É fogo que queima em prazer
Não te quero como minha esposa
Só quero experimentar você

Albérico Queiroz

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Beija-Flor

Já não me encanta ouvir seu canto
Chorar meu pranto
Sentir sua voz
Já não me encanta lembrar seu riso
Pensar no destino
Alegria em uma só voz
Já não me encanta sentir seu toque
Que a tanto me comove
Com o bailar das suas mãos
Já não me encanta amar sozinho
Fui criado num ninho
E agora quero voar
Beija-flor de flor em flor
Fica parado e não deixa de se movimentar
Não quero parar no sentimento
Com a alegria da vida
Quero me fazer escutar
Já não me encanta viver sozinho
Sem um abraço
Sem um carinho
Noites frias só me faz chorar.

Ésse Dois S2

É coisa de pele
Contato com o tato
Me perco no espaço
Me espalho e me acho

É calor no seu corpo
É meu fogo é seu fogo
É um abraço apertado
É um estouro é um estouro

É seu ar ofegante
Que me aquece insinuante
Que me faz incendiar

É sua mordida na orelha
Que me arrepia e me desnorteia
Que me faz querer te amar

Albérico Queiroz

Suas verdades

Abre a janela
Não diga que é tarde
No seu livro você escreve
Só suas verdades

Abre os olhos
O dia amanhece
Se olhe no espelho
A gente envelhece

Abre seu peito
Desperta seu medo
Se sente o desejo
Deseje com jeito
Que o jeito é esperar

Me olhe nos olhos
Me leia em seus lábios
Me sinta em sua pele
Não apele que eu desabo.

Albérico Queiroz

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Valores

De que adianta pernas
Se não tenho vontade de correr
De que me valem os braços
Se não tenho vontade de abraçar
Se que valem as mãos
Se não tenho o que segurar
De que me vale o nariz
Se não tenho o que cheirar
De que me valem os olhos
Se no mundo escuro não posso enxergar
De que me valem os ouvidos
Se nunca soube escutar
De que me vale a boca
Se nunca consegui te beijar
De que me vale o coração
Se nunca soube te amar

Sorte

Chegar a um meio termo
É simplesmente impossível
O que falta é respeito
Pois ainda estamos no início
O difícil é acreditar
Que ainda podemos estar certos
Tentando contestar
Fazem da nossa vida um inferno
Mas é com a cara na verdade que encontramos um mistério
Para a vida e para a morte sempre se depende de sorte
Sorte de que o divino não seja o seu inimigo
Sorte de não julgar quando só deve concordar
Sorte de ter a verdade para se apoiar
Sorte de olhar pra sua cara e dizer que você não sabe sonhar

País camelô

Brasil pais camelô
A mulherada ta na praia
Ta fazendo muito calor
Brasil pais camelô
Pexinxe aqui pexinxe ali
Tente abaixar esse valor
Brasil pais camelô
Aqui se vente tudo
Baratinho pro senhor
Brasil pais camelô
Nessa historia é muito besta
Quem ainda não roubou
Brasil pais camelô
Se compra pai se compra mãe
Deputado e senador
Brasil pais camelô
Aqui ninguém tem culpa
eu sou inocente por favor
Brasil pais camelô
Olha a bunda da mulata
Se pagar é filme pornô
Brasil pais camelô
To sem dinheiro nessa terra
Que o diabo abençoou
Brasil pais camelô
Aqui se faz aqui se deve
Vez bem quem economizou
Brasil pais camelô

GOIABA SIRIGUELA

O seu rosto eu vi no mar
Donzela sereia
Senti o seu gosto em um luar
Goiaba Siriguela
Umbu maracujá
O seu gosto é tão doce
Que me faz até sonhar
Se um dia você morresse
Par o mar eu iria voltar
Porque lá vive a solidão
Que comigo há de morar

hehehehe
Albérico Queiroz e Felipe Buente.
Nostalgia total

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

minhas flores em seus braços
um pedido de amor
firmam forte o laço
de algo que nunca acabou

no calor dos teus beijos
a paixão o desejo
no bailar das minhas mãos
um tropeço, um escorrego

no meu jardim florido
nos teus olhos vejo lirios
seu perfume a me lembrar

da sua boca macia
da sua voz que me cadencia
o desejo de te amar

Albérico (apaixonadão)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Cavaleiro da Luz

Meu brilho no céu
Cortando o universo a minha frente
Mudando minha vista
Me fazendo lhe enxergar onipresente
Presente da luz cavaleiro do céu
Abre as portas do mundo
A janela do universo de si
Encanta em seu brilho o destino dos homens
Da vida do dia
Cafezinho certinho
Paletó organizadinho
Balança o mundo com seu estrondo
Treme o juízo tão torto
Cavaleiro da luz abana esse fogo
Me faz arder de vontade
Mudar o mundo não vale
Mudar o homem é tarde
Cavaleiro da luz que caminho seguir
Me abre as portas da vida
Me abre as janelas de mim

Salve Jorge

A chuva lava a noite
O frio nem faz sentido
O medo do escuro
Me faz sentir-me perdido

O frio me congela
Consolo da lua ao todo
Que me parece ser tão fria
E que arde em fogo

Brilho de um farol noturno
Luz a qual eu sigo
Haja escada, haja monte,
A lua é meu destino

Pontos de interrogação
O que virá de resposta
Um sim ou um não

Me leva contigo lua bandida
São Jorge já foi embora
Seja bendita sua ida.

Ai que rio bonito

Suas águas mantêm um fluxo
Que parece ser infinito
Seria tão mais inteligente
Dizer em bom tom
Que tudo anda, passa.
E que só veremos que se foi
Quando não estiver mais aqui
Ai rio que se foi
Em suas águas escorreram
Esperanças e desejos
Daquele pobre sertanejo
Que junto com o rio se foi
Ai que parece que mesmo no fim
A justificativa me vem
“foi em nome do progresso
Que transformamos o sertão em deserto,
Hoje nós temos biodiesel!
E sejamos felizes com isso.”
Pobre do sertanejo
Que progrediu pro seu próprio fim
Não viu mamona em seu sertão
E comeu palma até o fim.