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sábado, 13 de março de 2010

Não há motivos para um dia o homem pisar na terra
Na estranha luta divina
O homem parece fruto de uma rima
Some o homem e surge um nome
Some o deus e surge um ateu
De onde brota a santidade
Que não dá ao homem
Nem motivo para ser homem
Nem para ter nome
Nem para ter deus
Onde mora o meu divino
Que surge como um mugido
E se vai ao infinito
Somos nós nossos deuses
Nossas estrelas e constelação
O brilho da nossa existência não pode ser um eterno sermão
Surge auroras de gloria
Deságuam passados de guerra
Vivemos em busca da vitoria
Suspendemos nossos austeros
Sofremos nossas derrotas
Mas não nos respondemos
De onde viemos?
E para quê somos?
Por que ser em um mundo
Onde não se valoriza os mundos
Os deuses calados em seus próprios calços
O mundo gritando em um giro
O homem deus sorrindo
E o desespero é saber que não sabe viver
Gloria ao senhor nas alturas
E desgraça aos homens na terra
Que venha deus salvar sua criação inútil
Fornada queimada
Sem sentido no mundo
Laboratório da vida
Grande forca da morte
Salve o homem de deus
Salvem a Deus dos homens.

Albérico Queiroz

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