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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Não me ponha em palavras

Se minha boca já não é mistério

Não me procura

Se não me encontra em teus desejos encerra a tua busca

Por mais profundo que sentisse

Por mais apertado que o peito clamasse

Se já não me amasse

Por que não te calaste

Teu silencio me diria que você já não queria

Que ainda havia estrada e que preferia andar sozinha

No meu leito padeço em pedaços

Cacos de vida varridos e guardados

Pensamentos doem mais, mas não sei como não pensar

Se era melhor assim temo em suspiro pensar no pior

Caberia a um ser humano suportar?

Caberia a mim abandonar o desejo de te amar?

Não me ponha em palavras que o mundo nelas não se acaba

Não ponha em teus versos se no verso me avacalha

Não faça de contas que é feliz, pois na hora da partida partirá mais que a tua ida

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